
Letramento machismo estrutural – democratizando conhecimento
Antes de tudo, quero agradecer de coração a cada pessoa que respondeu à nossa pesquisa sobre o interesse em aprender mais sobre o machismo estrutural utilizando plataformas digitais.
A contribuição de vocês foi fundamental para que eu me sentisse mais fortalecida e confiante no lançamento deste curso — um espaço de aprendizado e reflexão que faz sentido, visando enriquecer nosso conhecimento e promover ambientes de trabalho mais saudáveis, justos e inspiradores.
Aprender sobre machismo estrutural não é só ampliar o repertório; é abrir caminho para relações mais respeitosas, ambientes mais saudáveis e um futuro mais justo. Agradeço especialmente às 8 pessoas que validaram a ferramenta do curso, ajudando a deixar tudo pronto para que mais pessoas possam se conectar com este aprendizado.
Experiência presencial transformada em EAD
Este curso é fruto de minha experiência com turmas presenciais, desde 2019. No encerramento de cada encontro, fico muito feliz com os relatos compartilhados. Vou resumi-los em três grandes pilares:
- Visibilidade: “descobrir que aquilo que eu sinto e vejo faz parte do machismo estrutural e tem nome, traz um alívio incrível, saio da vitimização e sinto que “não é só comigo”.”
- Autocrítica: “conhecer os fenômenos do machismo estrutural me inspira coragem para reconhecer minhas atitudes machistas, e desperta o desejo de ampliar meu olhar, de observar a mim e o entorno.”
- Prática: “este conhecimento me a leva a ação, quero aprender a me posicionar para questionar, por exemplo, comportamentos machistas disfarçados de piada. Sinto-me no movimento do autoconhecimento que me incita a sair do automatismo e resgatar o sentido de pertencimento. Movimento fundamental para o meu bem-estar.”
Se você ainda acha que o tema pode te trazer desconforto ou não sabe por onde começar, venha com a gente! Este curso foi pensado para acolher dúvidas e receios: cada episódio apresenta conceitos de forma clara, leve, e conectada ao cotidiano, tornando o aprendizado uma jornada de descoberta — não de julgamento.
E se você acredita que não precisa aprender sobre machismo estrutural, respeito essa percepção. Contudo, reforço que, por ser uma construção social, esse machismo nos atravessa a todas e todos, em graus diversos. O aprendizado nos fornece ferramentas para enxergar essas dinâmicas com mais clareza e construir relações mais respeitosas e ambientes de trabalho mais justos.
Por isso, independentemente de onde você parte, este curso foi criado para ser um começo acessível a todos e todas.
As temporadas
Esta experiência em plataforma online será apresentada em formato de série: 3 temporadas, cada uma com 3 episódios curtos e profundos.
- Temporada 1– Entendendo a construção dos vieses
- Temporada 2– O impacto da cultura machista na nossa subjetividade
- Temporada 3– Reconhecendo e derrubando armadilhas da discriminação no dia a dia profissional
A Temporada 1 acaba de ser aprovada e será lançada em outubro. Cada episódio dura, em média, 22 minutos — tempo que passa voando, mas que deixa muitas reflexões.
Nesta primeira temporada, mergulhamos nos fundamentos do tema. Conversamos sobre conceitos importantes como Lugar de Fala, etnocentrismo, feminismo, equidade e igualdade. Também revisitamos a história da conquista de direitos das mulheres e trazemos dados atuais para entender onde estamos hoje.
Refletimos sobre como a educação binária de gênero moldou ideias de “coisa de homem” e “coisa de mulher” — e como isso influencia nossa associação de capacidade de liderança e genialidade aos homens. Além disso, analisamos como os conceitos de VUCA e BANI nos convidam a valorizar diferentes formas de liderar e viver, sem cair nos estereótipos.
Quero agradecer à direção da Willa e sua equipe da FilmLab pela produção dos vídeos. Além da arte que tornou tudo muito leve, conseguiram transformar 4 horas de conteúdo da temporada 1 em 60 minutos essenciais!
A Pesquisa
Como prometido, fiz o sorteio entre as pessoas que responderam à pesquisa. Foram sete pessoas ganhadoras, que já receberam a notícia pelo WhatsApp. Fiquei muito feliz em poder retribuir essa confiança e colaboração.
Também foi gratificante perceber que várias demandas que vocês apontaram já estão contempladas:
Criação de podcasts, quero lembrar que já tenho um no Spotify: Existindo sem Pudor.
Cada episódio traz um quiz para reflexão, além de indicações de leituras, TEDs, documentários, filmes e exercícios práticos para aprofundamento.
Outro ponto que chamou atenção: a demanda de espaços de troca:
56% das mulheres e 46% dos homens manifestaram interesse em acompanhar os episódios com discussões em grupo ou fóruns online.
Essa ideia vinha amadurecendo em mim, e a pesquisa confirmou minha intuição. Agora, quero pensar em como implementar esse espaço, possivelmente em uma segunda fase, conforme as inscrições avançarem — reforçando a importância de atividades que promovem reflexão, prática e leveza.
E, mais que isso, convido cada um e cada uma a continuar essa jornada comigo pelo curso online.
Resultados da Pesquisa
Compartilho com vocês os resultados dessa pesquisa, que me encheram de esperança.
Das mulheres que sentem muita necessidade de entender melhor o machismo estrutural, as dificuldades apontadas para não o fazer são para 62,9% delas falta de prioridade e falta de tempo. Para as que apontaram média necessidade, 59% apontam as mesmas razões: falta de prioridade e falta de tempo.
Dos homens que sentem muita necessidade de entender melhor o machismo estrutural, as dificuldades apontadas para não o fazer são para 66,7% deles falta de prioridade e falta de tempo. No entanto, os homens sempre associaram a dificuldade de não saber por onde começar. Para os que apontaram média necessidade, 81,8% apontam as mesmas razões: falta de prioridade e falta de tempo e 18,2% não sabem por onde começar.
Para 66% das respondentes mulheres e 46% dos homens, vídeos entre 15 e 30 minutos ajudariam a seguir uma formação online.
E 56% das respondentes mulheres e 46% dos homens gostariam de ter acompanhamento com discussão em grupo ou fórum online. E 37% delas apreciariam ter desafios práticos com feedback e 42% deles gostariam de exercícios interativos e leves.
Até mais!
💟 Gostou? Inscreva-se no meu canal no Spotify para não perder nenhum episódio inspirador! Além disso, assine minha newsletter gratuita no linkedin ou acompanhe o blog no site para receber conteúdos exclusivos sobre sustentabilidade, igualdade de gênero, gestão de cultura, liderança sustentável e muito mais. 🎯
Vamos trabalhar em conjunto nessa jornada!
Sobre Vera Regina Meinhard
Sou Vera Regina Meinhard, movida pela paixão de conectar pessoas e ampliar a consciência sobre a importância de integrar valores femininos e masculinos como um caminho para o sucesso sustentável. Acredito que o ESG começa com escuta e cuidado genuíno das necessidades do conjunto de stakeholders, essa é minha abordagem em cada projeto.
Mestra em Sustentabilidade e Governança, combino criatividade, inovação e foco em soluções práticas para transformar desafios em oportunidades. Após 25 anos como executiva internacional no Groupe Renault France, desde 2013 na Meinhard Connecting Voices me dedico a contribuir com as pessoas e organizações no alcance do seu melhor potencial.
Atuo como escritora, empreendedora e consultora, oferecendo soluções personalizadas que incluem:
- Consultoria em Gestão de Cultura Organizacional, com foco em ESG, valorização dos atributos femininos e inclusão da diversidade;
- Facilitação de workshops transformadores;
- Mentoria Individual e Coletiva, Palestras, Treinamentos e Coaching com foco no crescimento pessoal e profissional.
Como realizadora de sonhos e mãe da Saskia, meu propósito é claro: fortalecer indivíduos e organizações para que prosperem com autenticidade, equilíbrio e impacto positivo nas suas vidas e no mundo.