Vamos falar de mulheres na aviação?

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Vamos falar de mulheres na aviação?

Vamos falar de mulheres na aviação?

Você conhece Amelia Earhart?

Nascida nos Estados Unidos em 1897 foi pioneira na aviação dos USA. Ela foi a primeira mulher a receber a “The Distinguished Flying Cross” por ter sido a primeira a voar sozinha sobre o Oceano Atlântico. Amelia desapareceu no Oceano Pacífico, perto da Ilha Howland enquanto tentava realizar um voo ao redor do globo em 1937. Super recomendo o filme Amélia (2009):

Quais pioneiras da aviação brasileira você conhece?

Ficarei agradavelmente surpresa se, sem pesquisar, você conseguir responder com mais de um nome. Na realidade, damos zero visibilidade para elas.

Precisamos dar visibilidade para estas mulheres para que meninas possam se inspirar e ter a certeza de que ser PILOTA é sim uma profissão para mulheres!

Nossas poucas representantes na aviação lutaram no início do século XX para terem o direito de exercer esta profissão. A síndrome da Patinha Feia (invisibilidade) que tem como consequência a Síndrome da Impostora é um fenômeno que afeta negativamente a evolução das mulheres em muitas profissões. Esta é uma delas.

  • Faça um teste, assim de pronto, quantas pilotas você já cruzou em suas viagens?

Percebe que mesmo convocando fortemente sua memória fica difícil lembrar de alguma? Este é o primeiro passo para contribuir com a evolução necessária ao #GenderBalance (equilíbrio de gênero): entender o fenômeno desta invisibilidade.

Convido você para ler meu artigo Desafios Sistêmicos: quando a Patinha Feia “Veste Cinderela” e se alia a impostora!

Eu posso afirmar que, durante meus 25 anos como executiva internacional, viajando regularmente entre duas e quatro vezes por semana, cruzei somente uma pilota. Isto foi na Argentina em 1996 em um voo privado no avião privado da CIADEA.

Quero ver muitas outras pilotando os aviões nos quais pretendo viajar quando sairmos do distanciamento social! E você?

Quero convidar você para conhecer mais algumas das aviadoras que lutaram pela nossa representatividade na aviação no início do século XX.

Vamos começar pelas brasileiras?

  • Joana D’Alessandro (São Paulo, 1924 – 1991), também conhecida como Joaninha ou a “Águia de Taubaté”. Ela voou pela primeira vez aos 13 anos. Um ano depois, obteve o posto de aviadora acrobata mais jovem do mundo, sendo até citada pelo Guinness World Records. Aos 15 e 16 anos, venceu dois campeonatos de acrobacias aéreas.
  • Ada Leda Rogato (São Paulo, 1910 – 1986). Pioneira da aviação no Brasil. Foi a primeira mulher a obter licença como paraquedista. Foi também a primeira volovelista (pilota de planador) e a terceira a se brevetar em avião (1935). Destacou-se ainda pelas acrobacias aéreas e foi a primeira pilota agrícola do país.
  • Thereza di Marzo (São Paulo, 1903 – 1986). Foi a primeira brasileira a receber o brevê – documento que dá permissão para pilotar aviões – da Fédération Aéronautique Internationale. Desde cedo desenvolveu a paixão por aviação. Pasmem, se casou com um piloto que cortou suas asas e a obrigou a abandonar a carreira afirmando que bastava um aviador na família. Importante lembrar que o Código Civil de 1916 previa que mulheres casadas precisavam da autorização do marido para realizar atividades profissionais. A emancipação da mulher aconteceu apenas em 1962.
  • Anésia Machado (Rio de Janeiro 1904 – 1999). Feminista e revolucionária, suas conquistas vão muito além da aviação. Começou a pilotar aeronaves aos 17 anos. Com apenas um dia de diferença da colega Thereza di Marzo, em 1922, ela se tornou a segunda mulher a receber o brevê no Brasil.

Que tal a primeira mulher preta a se tornar aviadora nos USA?

  • Elizabeth “Bessie” Coleman (USA 1892 – 1926). Foi a primeira mulher preta com ascendência africana e indígena a obter uma licença de piloto em 15/06/1921. Também obteve uma licença internacional de aviação pela Federação Aeronáutica Internacional. Sabendo que nos Estados Unidos ela não teria chances de estudar, Bessie começou a estudar francês e então viajou para Paris em 1920, para obter sua licença. Bessie aprendeu a voar em um biplano, um Nieuport 82. Determinada a aprimorar ainda mais suas habilidades, Bessie passou os dois meses seguintes a ter aulas com um famoso piloto francês e em setembro de 1921, Bessie viajou para Nova York, onde tornou-se um sucesso imediato.

Viajando pelo mundo, encontramos também

  • Maureen Adele Chase Dunlop de Popp (Buenos Aires, 1920 – 2012) foi uma aviadora anglo-argentina que voou para o Transporte Aéreo Auxiliar Britânico durante a Segunda Guerra Mundial.
  • Elisa Léontine Deroche (Paris, 1882 – 1919), também conhecida pelo antigo nome artístico da época de atriz: Raymonde de Laroche. Foi a primeira mulher no mundo a obter uma licença de piloto e, em seguida, a primeira mulher a fazer um voo solo em 8 de março de 1910.

Conhece mais alguma? Por favor, envia para mim e eu atualizo este texto.

Espero que goste e divulgue para contribuir com a visibilidade das mulheres em todas as profissoes.

Tudo é coisa de menina e de menino!

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